quinta-feira, 2 de abril de 2009

Live and let it live.

A vontade de liberar tudo o que há de luz no mundo, fazendo rir até os olhos esquecidos por quem os amou, fazendo cor até onde não há nenhum tipo de formas, como é doce quebrar o padrão desesperançoso, o homem não sendo o lobo do homem. Ser, seja sempre, sempre sim, sem simulação, sussurando sorrisos, sorrindo sóbrio seus sentimentos, sonhando, subindo, sumindo seu ser sujo, subestimado, supérfluo, sumindo sem saudade. Sendo sinceridade, sendo sem sentido, sonatas salientando seus suspiros suaves, surreal. Sua sina se sobrepõe, saindo suas sombras, superando sem sofrer seus surtos. Sola sem saber, sem seguir sábios, sem surdez social, salta! supere-se! sobretudo seja sim, seja sempre, só seja.

Eu quero é versos livres, versos brancos para falar daquilo que já se desgastou. Adivinhe, eu quero amar, eu quero ser poética, sendo patética, quero contar minha história trágica que em outros olhos talvez se reflita mágica, hoje eu quero falar de amor.. Quem nunca se achou meio louco de vez em quando? Mas louco é quem me diz e não é feliz, não é feliz.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Perdi-me dentro de mim

Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudade de mim.
(...)

Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço...

Mário de Sá-Carneiro.

Alguém pararia para ouvir palavras soltas? Eu as deixo derramadas assim, formando minhas pegadas e afins, as deixo com gosto e desgosto. Ouço as batidas do meu subconsciente levarem a melodia inteira, uma orquestra ao jeito que ele queira, onde sons irreais se formam ao pulsar. Não demora até eu me ver a frente a um mundo completamente invertido, tal mundo que se encontra na loucura do partido, na inocência do desconhecido, na esperança do reconstruído. Se você olhar bem nos meus olhos, verá refletido onze dimensões, músicas encharcadas de significados e direções, cada qual com a cor pura, cor da liberdade, cor da ternura, doce mundo onde me encontrei. Perdi-me assim dentro mim e não quis mais me encontrar, pois perdida me fiz mais clara, os caminhos se abriram enquanto eu cantara aquela velha cantiga que ouvi em outra terra, e penso agora "Quem me dera aquele mundo soubesse chegar aqui".

Ando meio sem tempo para colocar aqui meus pensamentos em palavras, mas sempre que puder, virei, obrigada a todos que leram e/ou comentaram, compartilho com vocês um pouco de mim.

Beijos, L.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band

We hope you really enjoy the show.

Zumbanos

Silêncio é o que pareço ouvir entre os cânticos dos que esqueceram a vida
Focados em seus afazeres, desfazeres e fazeres de outros, que por si, observam os deles
Coisas que se desintegram de suas memórias e se vão com o ar expirado de seus pulmões
E no momento se fazem prioridade e para quem possuir, a grandeza (se supõe)
SENHORAS E SENHORES! Bem vindos ao nosso show
As melhores atrações estão bem aqui onde eu estou
Zumbanos de todos os tipos, cores, etnias, religiões e ideais
Observem, observem as criaturas que se satisfazem não hoje, mas jamais!
Neste circo de mutantes todos ganhamos entrada franca
Aproveite minha senhora, ouça sobre o que ele canta
É sobre amor, é sobre paz, algodão-doce, pipoca, bala?
MEU SENHOR, ISSO É PALHAÇADA, NÃO OS LEVA A NADA!
Aproximem-se, aproximem-se para ver de camarote
A luta de um só, só restando de final que ele se derrote

"Um dia depois não me vire as costas, só vemos nós dois, tudo vira bosta!"

quarta-feira, 11 de março de 2009

Samba de Carolina.

Gosto de ouvir.
Gosto de ser os ouvidos daqueles que precisam soltar mares bravos de palavras, o Samba de Carolina é inspirado em uma história real que um dia ouvi de um grande amigo meu, aqui está.

Não precisa se explicar
Seus olhos cansados já compuseram esta canção muito antes
Você me conta das horas que ela te deixa hesitante
De quando ela pergunta se vale a pena continuar

De cada rosa vinda de suas mãos ela só via os espinhos
E no fim do dia quando ambos estavam sozinhos
Debruçados na janela do quarto contando pra quem quisesse ouvir
A melodia daquele que insiste em se partir

Carol, Carolina
Abra os olhos para a vida, menina
Você transformou a paixão num sentimentos desgastado, abandonado
O resultado da frieza de esquecer
Que amar também é dar, não só receber

E era tão bonito assistir ao amor em vermelho
Carolina o guarde bem e tente nunca perdê-lo
Será que ela não vê que isso é raro hoje em dia?
Mas é claro, mas é claro, era o que ela dizia
Mas é claro, mas é claro, era o que eu temia

E era tão bonito assistir ao amor em vermelho
Carolina o guarde bem e tente nunca perdê-lo
Será que ela não vê que isso é raro hoje em dia?
Mas é claro, mas é claro, era o que ela dizia
Mas é claro, mas é claro, era o que eu temia
Mas é claro, mas é caro, é mais do que ela podia.

domingo, 8 de março de 2009

All Things Must Pass.

"Para nós e nossa tragédia, pedimos vossa audiência e suplicamos clemência."


Acho que tenho que ter alguma introdução, nunca fui boa nisso. Meu nome é Layla de Montez, podem chamar Layla ou Lay, eu não me importo muito para ser sincera.. Entre muitas, uma das minhas paixões é a escrita e ainda mais, é algo que eu não consigo conter. Sem uma caneta (não sou a maior fã de lápis e borracha, a coragem de ter tudo gravado a tinta é muito mais interessante) e um papel não consigo me imaginar seguindo em frente. Enfim, aqui é onde pretendo expor alguns de meus delírios literários, que se acham na forma de uma poesia, uma música ou até uma crônica, para não se perderem como tantas outras que como o tempo, já se foram.

Em minha primeira postagem, procurei algo mais leve em meus velhos cadernos, acabei encontrando velhas cartas que troquei com uma grande amiga, Lume.

Lume me escreve frequentemente, somos parte da pequena parcela da sociedade que ainda são apaixonados pelas cartas. E num momento memorável em que a vida de Lu não conseguia colocar um sorriso em sua face, escrevi a ela e com a carta mandei um pequeno poema e é com ele que começarei aqui.

L.

Ondas em seus olhos
É visível o mar bravo em seus pensamentos
Faça, desfaça, disfarça
As cartas que trocamos respingam seu tormento

Um, dois, três, quatro...
Escreva até dez num caderno velho
Algumas linhas e um suspiro
Seus olhos cansados que aqui espelho

Lápis, lápis, borracha
Mas nós preferimos canetas
Pois é no impulso que se encontra
Nossas verdadeiras facetas.

Obrigada desde já, L. Montez.